terça-feira, 11 de agosto de 2009

FARÓIS

FAROL CABO DA ROCA
A construção deste farol, no ponto mais ocidental do continente Europeu, data de 1772. Do equipamento primitivamente instalado não nos chegou noticia, embora se tratasse por certo de um catóptrico fixo. Que a sua qualidade deixava a desejar, sabemo-lapor uma nota inserta no « Roteiro» de Franzini, segundo a qual este , tal como outros faróis, não se avistava às vezes a mais de 2 milhas de distância, « confundindo-se sempre com outra qualquer luz de terra ou do mar ».
Em 1865 o aparelho óptico era composto por dezasseis candeeiros de Argand com reflectores parabólicos e possuía um alcance de 16 milhas.
Na sessão de trabalho inaugural da Comissão de Faróis e Balizas, criada em 1881, exprimia-se já a conclusão de que « o farol catóptrico estabelecido na serra de Sintra sobre o Cabo da Roca, numa pequena torre quadrangular, não satisfaz de modo algum ao seu fim ». Preconizava-se, assim, a substituição integral doa que ali existia, salientando-se ainda a conveniência de se ligar aquele ponto por uma estrada.

O Almoçageme, o que « poderia acrescentar às belezas de Sintra mais uma que chamaria numerosa concorrência ».
Assinada por Fontes Pereira de Melo e Hintze Ribeiro, a proposta de lei nº.10-G, de 15 de Janeiro de 1883, que integrava o Plano Geral de Alumiamento e Balizagem, previa a instalação de um farol eléctrico no Cabo da Roca, produzindo luz cintilante branca, com um alcance luminoso de 38,5 e 16,5 milhas, respectivamente em estado médio e estado brumoso, o que só se concretizaria treze anos depois.
A 26 de Outubro de 1896 passaria finalmente a funcionar um aparelho catadióptrico de 0,60 metros de diâmetro, de luz branca cintilante com clarões de 2/3 de segundo, separados por eclipses de 3 segundos, efectuando uma rotação completa em 90 segundos. A fonte de iluminação de reserva era um candeeiro de petróleo de três torcidas, que se afirmava garantir um alcance próximo das 19 milhas.



O Aparelho óptico foi em 1940 substituído por outro de 4ª.ordem, grande modelo, de tipo aeromarítimo, oferecido ao governo português pelo vice-presidente da Administração da Sacor, Martin sain. Em 1943 viria a ser instalado em seu lugar um catadióptrico de 3ª ordem, grande modelo, dotado também de painés aeromarítimos, cujo alcance luminoso se canculava, exageradamente, em 42 milhas.
Em 1980 foi automatizado, por meio da instalação de sistemas alternativos que entram em funcionamento sem qualquer intervenção humana. O seu alcance luminoso é actualmente da ordem das 26 milhas.
Registe-se que entre 1917 e 1990 funcionou, num espaço anexo ao farol, uma instalação para a produção de gás acetileno, que haveria de servir de combustivél a alguns faróis, uma boa porção de farolins e quase todas as bóias luminosas.

Autor: J.Teixeira de Aguilar.

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