quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UE ESTENDE ATÉ 2015 IMUNIDADE DOS CONSÓRCIOS

A Comissão Europeia decidiu prorrogar até Abril de 2015 a imunidade anti-trust concedida aos consórcios de armadores e linhas de navegação.

Os transportadores marítimos vão poder manter formas de cooperação operacional até Abril de 2015, decidiu a Comissão Europeia. Mas, por outro lado, o regulador comunitário decidiu baixar de 35% para 30% o limite da quota de mercado detida pelos membros dos membros dos diferentes consórcios.

Segundo as actuais regras europeias, as linhas de navegação estão autorizadas a formar consórcios para partilharem informações sobre capacidade e horários para a prestação de serviços comuns. Ao invés, as operadoras não estão autorizadas a fixar preços.

A Comissão Europeia impôs o fim das conferências de armadores e linhas de navegação, por considerar que essas associações de operadores limitavam, na prática, a concorrência e a liberdade dos mercados por imporem preços e sobretaxas concertados.

"O presente regulamento estabelece o justo equilíbrio entre os interesses das transportadoras marítimas e dos clientes dos transportes," resumiu a comissária europeia da Concorrência Neelie Kroes, em comunicado.

O prolongamento da imunidade dos consórcios era já esperado considerando, além do mais, a difícil conjuntura que o mercado do transporte marítimo vive, com os operadores a verem-se forçados a reduzir a oferta de capacidade e em dificuldades para reporem o nível dos fretes.
Fonte: Transportes & Negócios

ESPANHA TENTA CONSENSO NA LEI DOS PORTOS

Responsáveis do PSOE e do PP tentam negociar um acordo que garanta que a Lei dos Portos se manterá mesmo depois de uma eventual mudança de partido no governo.

Em Espanha, os responsáveis pelas questões marítimo-portuárias dos dois principais partidos com assento parlamentar estão a intensificar os esforços negociais para alcançarem um acordo sobre o texto definitivo da Lei dos Portos que o governo enviou para o Parlamento. O desfecho é esperado para as próximas semanas.

Os contactos entre o PSOE e o PP têm-se identificado nos últimos dias, de acordo com declarações do responsável máximo do sindicato Coordinadora, Antolin Goya, à imprensa do país vizinho.

O objectivo das negociações, que envolvem também contactos dos dois partidos com os representantes do sector, é conseguir um documento que tenha o consenso suficiente entre socialistas e populares, para que possa sobreviver a possíveis mudanças no Executivo.

Segundo Goya, o PP continua a apostar num modelo único de estiva controlada pelas empresas, ou seja, os Agrupamentos Portuários de Interesse Económico (APIE), enquanto o PSOE considerará todas as alternativas apresentadas pelo Ministério do Fomento no projecto de lei que está no Parlamento.

Certo é que o Partido Popular não proporá alterações à totalidade do projecto de lei.

Por cá, a Lei dos Portos foi apresentada na Assembleia da República nos últimos dias da anterior sessão legislativa. Motivou protestos e paralisações dos trabalhadores portuários e críticas dos partidos da Oposição. O texto acabaria por baixar à comissão parlamentar especializada sem ser votado, por proposta da bancada socialista.
Fonte: Transportes & Negócios

WEC LINES - FLEET



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M/V "WEC RUBENS"

(©) Images Copyrights; Mr.Robert Volker - Wec-Lines - Holland

terça-feira, 29 de setembro de 2009

DEBATE AUTÁRQUICO - PORTO CANAL


Acabo de assistir ao debate dos nossos futuros candidatos á Câmara Municipal de Matosinhos o último tema tratado foi " O PORTO DE LEIXÕES " o novo "Terminal de Cruzeiros", e as chamadas "Plataformas Logísticas".
Na minha Modesta opinião, e que me perdoem os nossos candidatos, ninguém percebe nada de SHIPPING !!! Assim, convido todos os nossos candidatos a consultarem o meu blogue:
JOSÉ MODESTO e tentar saberem um pouco mais sobre esta ARTE fundamental no nosso concelho o SHIPPING.
Imagem: Internet.

CONTENTORES - INOVAÇÃO


NAVIERA ARMAS PONDERA CONCORRER A LINHA DOS AÇORES

O armador canário Naveira Armas, que presentemente opera com o navio ferry 'Volcán de Tijarafe', na linha Canárias-Madeira-Portimão, representada em Portugal pela Navigomes, poderá concorrer no próximo ano nos Açores às ligações marítimas inter-ilhas daquele arquipélago, avançou a Rádio Televisão dos Açores.
A Armas poderá, segundo alguns especialistas, minorar as carências originadas pela desistência de compra por parte do armador e do Governo açoriano do ferry 'Atlântica', construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
As ligações marítimas de passageiros inter-ilhas deste Verão obrigaram ao fretamento de dois navios ferry: o 'Express Santorini' e o 'Viking'. O Armas opera actualmente com um total de oito navios, aos quais juntar-se-ão mais quatro ferries (2010, 2011, 2012 e 2013), presentemente em construção nos estaleiros Navais de Barreras, em Vigo. Com capacidade para 2.000 passageiros (o dobro do actual 'Volcán de Tijarafe'), terão um comprimento de 180 metros e 28,10 metros de boca.
Fonte: Cargo News

TRIPLA DE SUCESSO EM LEIXÕES - WEC LINES FLEET

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M/V " WEC GOYA"
M/V "WEC VERMEER"
M/V "WEC NAVIGATOR"
LEIXÕES 28-09-2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LINHA EUROATLAN ESCOA PERECÍVEIS ESPANHÓIS A PARTIR DE LISBOA


Desde meados de Junho, o armador CSAV toca Lisboa com o serviço "Euroatlan", que alinha sete navios com capacidades a rondar os 4.000 TEU, servindo sobretudo carga perecível à exportação,maioritariamente originária de Espanha (Madrid).O serviço "Euroatlan" oferece um transit time mais rápido que as restantes ligações à América do Sul. Lisboa está a apenas 10 dias do porto de Santos, o maior porto da América do sul (mais de 80 milhões de tons/ano) e a 13 dias de Buenos Aires, o principal porto da Argentina.
Esta linha semanal, representada em Portugal pela Universal Marítima (grupo Marmedsa), faz escala no Terminal de Contentores de Alcântara do porto de Lisboa, concessionado ao operador Liscont, oferecendo um serviço de transporte marítimo com a seguinte rotação de portos: Lisboa / Santos / Buenos Aires / Montevideo / Rio Grande / Paranagua / Itajai / Santos / Rio de Janeiro / Santos / Rio de Janeiro / Salvador / Roterdão / Tilbury / Hamburgo / Antuérpia e Le Havre.
A CSAV - Companhia SudAmericana de Vapores, é uma das companhias de navegação mais antigas do mundo, tendo sido fundada em 1872. Presentemente a CSAV, está presente nos cinco continentes.
Este novo serviço tem no porto de Lisboa uma resposta de despacho eficiente e flexível, dando resposta às necessidades operacionais do armador e respectivos clientes, permitindo assim ligar Portugal e Brasil de uma forma eficiente, potenciando as exportações portuguesas, referiu à CARGO Fernando Franco, director da Universal Marítima.

LOBITO PERTO DE ULTRAPASSAR NÍVEIS DE CARGA DE 2008


O director-geral do porto do Lobito, José Carlos Gomes, anunciou que o porto de Lobito processou mais de 1,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2009. Espera-se que o porto vá ultrapassar os 2,5 milhões de toneladas de carga que registou em 2008. Para aumentar a capacidade de movimentação está em construção um porto seco, cobrindo uma área de 90.000 metros quadrados, bem como o alargamento do cais actual. Os gestores portuários também estão a construir um cais na margem direita da baía do Lobito para carregar e descarregar produtos mineiros.
Gomes disse que quando o Caminho-de-Ferro de Benguela começar a operar em plena capacidade, o porto será um ponto estratégico para a descarga de mercadorias destinadas a países vizinhos como a Zâmbia, República Democrática do Congo e outros na África Austral.

CABO VERDE COM NOVO REGIME ADUANEIRO


O Governo de Cabo Verde aprovou um novo regime aduaneiro com o objectivo de facilitar os trâmites burocráticos e aumentar a competitividade das empresas. O novo regime aduaneiro permite aos operadores armazenar nos seus depósitos tanto as suas mercadorias como as de outros operadores económicos, podendo reduzir os custos com taxas e levantar as mercadorias assim que cheguem, procedendo posteriormente aos pagamentos à Alfândega e à Empresa Nacional de Portos (Enapor). As empresas terão um prazo mais alargado para o cumprimento das imposições existentes nesta matéria, o que terá um reflexo positivo na vida dos cabo-verdianos ao permitir uma redução nos preços dos produtos ao consumidor".

IPTM - BOLSAS DE ESTUDO


A Secretaria de Estado dos Transportes já fez publicar em Diário da República o Despacho n.º 20363/2009, que atribui a verba de 170 mil euros destinada a promover a formação especializada no domínio das actividades marítimas e portuárias.
Os cursos abrangidos são Segurança e protecção marítima e protecção do meio ambiente marinho; gestão do transporte marítimo; engenharia, ordenamento, gestão e operação portuárias; logística e sistemas intermodais de transporte; direito e economia marítima; e qualidade e novas áreas do conhecimento com aplicabilidade ao sector marítimo-portuário.
As bolsas de estudo podem ser de especialização, de mestrado ou de pós -graduação. As candidaturas às bolsas de estudo são dirigidas ao presidente do conselho directivo do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos.

FOTO DO DIA

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M/V "THOMSON SPIRIT" hoje dia 28-09-2009 em Leixões

domingo, 27 de setembro de 2009

FOTO DO DIA









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DELPHIN VOYAGER & TAHITIAN PRINCESS - 27-09-2009 TENERIFE

(©) Images and text Copyrights; Imagem e texto com direitos: Antonio Saez - Tenerife

CONTENTORES - INOVAÇÃO

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sábado, 26 de setembro de 2009

VOTE


VOTAR UM DIREITO
UM DEVER CÍVICO

BOXLINES - SANTA CRUZ DA GRACIOSA






Fotos do dia de ontem 25-09-2009 do S. Gabriel, apenas fora do habitual o uso da balança.
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(©) Images and text Copyrights; Imagens e texto com direitos: Manuel Maria C. Bettencourt, Santa Cruz da Graciosa vêr mais no blogue: O Porto da Graciosa

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PROJECTO HYPERCLUSTER DO MAR JÁ FOI APRESENTADO

Foi ontem apresentado ao público o estudo do Hypercluster do Mar. O estudo foi realizado pela Saer, empresa dirigida pelo ex-ministro das Finanças Ernâni Lopes (na foto), e contou com o apoio da Associação Comercial de Lisboa. Para explicar a importância deste hypercluster, Ernâni Lopes começou por contextualizar a actual situação económica, dizendo que a mesma “não ata, nem desata” e que para haver melhoria tem de existir um cenário de afirmação do sector marítimo, o qual pressupõe o envolvimento das diversas áreas. Tendo sempre em vista a viragem do primeiro para o segundo quartel deste século, o objectivo deste estudo é “tornar Portugal num actor marítimo relevante a nível global”.
A apresentação teve lugar no Estoril, no âmbito do Green Festival. O tema do hypercluster foi debatido por vários actores do sector marítimo nacional. Na sessão sobre os transportes marítimos, portos e logística, Lídia Sequeira, da Administração do Porto de Sines, começou por mostrar o que aquele espaço portuário tem vindo a fazer para assumir um papel relevante para o país, destacando a Janela Única Portuária II e a ligação à ferrovia e às plataformas logísticas. Joaquim Bensaúde, da Bensaúde Agentes de Navegação, e também do armador Mutualista Açoreana, falou sobre o papel da Marinha Mercante em Portugal, contestando o afretamento de navios estrangeiros. Sempre que isso acontece “não estamos a contribuir para o desenvolvimento da marinha mercante nacional”, afirmou. Quanto a formas para dinamizá-la, o orador aponta a continuação da participação nos mercados insulares, o apoio aos armadores no transporte marítimo de curta distância ou a promoção da participação dos armadores nacionais nos transportes bilaterais. Miguel Sequeira, presidente do IPTM, analisou a regulação económica nos portos, bem como as novas funções do IPTM, afirmando que apesar de tudo “o quadro regulatório não está completo”. Por último, Manuel Pinto Magalhães, da Portline, mostrou a visão que um armador tem das Auto-Estradas do Mar.

… mas agora é preciso agir

Mais do que ser um estudo teórico sobre os problemas, o Hypercluster apresenta soluções concretas que passam por: planos prioritários (uma década), planos de sustentação imediata, planos de alimentação e plano Horizonte-Mais/Meta-Oceano. Um dos aspectos onde é preciso actuar é na educação. Para o professor de Finanças, “é preciso ensinar coisas sobre o mar desde a infantil, até ao doutoramento”.
Para alcançar os resultados desejados, isto é, a afirmação do mar, é então necessária uma acção imediata que, segundo Ernâni Lopes, passa pela realização de um Conselho de Ministros que decida efectivamente sobre o mar, desenvolvimento de um Fórum Empresarial e existência de legislação exclusiva e especial para o hypercluster.
Como referiu Manuel Pinto de Abreu, da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, é preciso “fazer regressar Portugal ao mar”. “Leiam, falem com a Associação Comercial de Lisboa e ponham isto a andar”, pediu Pinto de Abreu.
Raquel Sales
Fonte: Cargo News

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ALFÂNDEGAS E IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO

Dr.Ana Jordão
Directora-Geral

« A fraude e a evasão aduaneira e fiscal constituem hoje, nas modernas Administrações Tributárias, um verdadeiro flagelo com repercussões graves para o orçamento Comunitário e o dos próprios Estados Membros, contribuindo para o enriquecimento ilegítimo da economia paralela e para concorrência desleal.Daí que seja premente a cooperação internacional entre as Alfândegas e outros organismos, dos quais a OLAF é o melhor exemplo, para que o combate à fraude e à evasão fiscal seja uma realidade eficaz e efectiva.A gravidade e a complexidade das fraudes praticadas pelas organizações criminosas, designadamente aquelas que põem em causa a segurança dos cidadãos, impõe também o desenvolvimento de estratégias, a nível nacional, que passam pelo desenvolvimento da cooperação entre as diversas autoridades com competência no combate aos diversos tipos de criminalidade organizada, pela utilização de técnicas de gestão do risco, pela utilização de meios técnicos apropriados, procurando-se dessa forma maximizar o esforço de cada uma delas.Esta é uma tarefa árdua e constitui um esforço permanente da Administração Aduaneira Portuguesa, comum ao das restantes administrações, que continuará a apostar no aperfeiçoamento da cooperação já referida, na contínua formação dos seus quadros e na obtenção dos meios técnicos e logísticos necessários à realização dos almejados resultados em sede de prevenção e repressão da fraude.»

A Direcção-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo Portuguesas, é o serviço do Ministério das Finanças que tem por missão exercer o controlo da fronteira externa comunitária e do território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de protecção da sociedade, e designadamente, no âmbito da cultura, do ambiente e da segurança e saúde públicas, bem como administrar os impostos especiais sobre o consumo e os demais impostos indirectos que lhe estão cometidos. Cabe-lhe também a função de licenciamento da importação e exportação nos casos em que tal procedimento é legalmente exigido.
Na área da antifraude, as Alfândegas Portuguesas dispõem de uma estrutura própria onde se define a estratégia a adoptar, se assegura o planeamento e se promove as acções bem como a sua avaliação, a nível nacional, sendo a execução acometida a órgãos regionais especializados. Como órgão de polícia criminal as Alfândegas desenvolvem uma importante actividade na investigação de crimes aduaneiros e fiscais por elas detectados.
Fonte: EC.Europa.

BRASIL - PORTUGAL


Uma palavra de agradecimento aos nossos irmãos Brasileiros que de uma forma regular vêm o meu blogue.
Aqui em Portugal, ficamos deveras satisfeitos por vermos o grande potencial que é o Brasil a nivél das suas Exportações.
Caso vos seja possivél, enviem-me fotos de navios e dos vossos portos para eu poder divulgar.
Saudações Marítimas
José Modesto

FOTO DO DIA



M/V "INDEPENDENT OF THE SEAS em Lisboa terminal Alcântara dia 23-09-2009


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(©) Images and text Copyrights; Imagem e texto com direitos: Ricardo, Lisboa.

O QUE INTERESSA É O Q.I. - ARTIGO DE OPINIÃO


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Li este artigo no Carga & Transportes do Público.
Considero que a qualidade e actualidade do seu Blog não o deve perder. Continue.
Rui Vicente.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

AS "RHV" CONTINUAM A SER AS MAIS ADOPTADAS


Chega esta manhã ao fim uma maratona de seis anos de negociações que conduziram à elaboração do «Convénio das Nações Unidas sobre Contratos para o Transporte Internacional de Mercadorias Total ou Parcialmente por Mar», as já famosas «Regras de Roterdão».
O texto deste convénio, aprovado pela Comissão das Nações Unidas sobre o Direito do Comércio (UNCITRAL) em Julho de 2008 e adoptado pela Assembleia Geral da ONU em 12 de Dezembro de 2008, tem como objectivo regular a responsabilidade do transportador marítimo no contrato de transporte de mercadorias com base no valor declarado para transporte conforme as instruções de expedição, que é o documento normalmente utilizado para a execução do conhecimento de embarque.Até agora, os contratos eram regulados pelo convénio Internacional de 1924 - Regras de Haia - modificadas pelo denominado protocolo de Visby (1968), que passaram a ser conhecidas pelas Regras de Haya-Visby (RHV).Estas regras, que suscitavam frequentemente críticas por, alegadamente, protegerem os armadores – estabeleciam um limite máximo de indemnização por perdas, independentemente do valor das mercadorias – foram substituídas pelas chamadas Regras de Hamburgo, adoptadas em 1978. Estas regras entraram em vigor, teoricamente, em 1992, mas não se impuseram por falta de adesão da maior parte dos designados “países marítimos”.
As “RHV” continuaram a ser as mais adoptadas

A falta de adesão de número significativo de países às Regras de Hamburgo originou que se mantivesse o articulado das regras RHV. Mas todos os envolvidos no sector interiorizaram que a situação não poderia perdurar. Foi então, faz agora seis anos, que a ONU chamou a si a incumbência de modernizar as regras internacionais desta tão sensível matéria. Ficou claro, nessa altura, que teria de ser considerada a nova realidade do comércio mundial, e que teria que contemplar expressamente fenómenos como o contrato multimodal de transporte porta-a-porta e o comércio electrónico, no sentido da uniformidade normativa global.
O acordo alcançado pela UNCITRAL, sendo bom, não é excepcional, como não o poderia ser. Daí que não seja estranho ter surgido acesa polémica.

Regras deverão ser bem recebidas…

É bem provável que as “Regras de Roterdão”, que esta manhã estarão abertas à subscrição por todos os países que o desejem em acto protocolar expressamente marcado para o efeito, sejam bem recebidas, pelo menos genericamente, por um número alargado de países marítimos. No entanto, sabe-se já – com a ressalva própria destas coisas - que países como Canadá ou Alemanha – este último muito crítico quanto à pretensão da DG TREN em negociar uma Convenção Europeia destinada a substituir a componente multimodal das Regras de Roterdão - não as assinarão, pelo menos numa primeira fase.
Em encontro informal, no passado dia 14, entre a Comissão Europeia (DG TREN) e os representantes de 14 dos 27 Estados, ficou a saber-se que Holanda, Grécia e Dinamarca assinarão as Regras de Roterdão; já o Reino Unido é favorável ao documento, mas só depois de um processo de consulta interna decidirá sobre a sua eventual assinatura. A Suécia e a Espanha apoiam o documento.

… mas a Comissão Europeia ainda não se pronunciou

A Comissão Europeia ainda não terá tomado uma decisão final em face das posições adversas do Conselho de Carregadores. Esta federação de associações de carregadores vê a sua posição seguida pela International Road Transport Union (IRU), dos transportadores rodoviários, como a Cargo News tem avançado. Já a European Community Association of Ship Brokers and Agent (ECASBA), dos agentes de navegação, aplaude o documento. A DGTREN já fez saber que a CE gostaria de ter uma palavra nesta matéria, desagregando alguns aspectos do convénio no sentido de especializar algumas das regras em funções dos diversos modos de transporte, e em função das responsabilidades consoante elas sejam originárias em documentos elaborados pelos donos das mercadorias, por expedidores, ou por transportadores.

AGEPOR aplaude, AAMC está dividida

De Portugal, a CARGO apurou que o assessor jurídico da AGEPOR, Monteiro da Rocha, estará hoje em Roterdão, e que esta associação apoia as “Regras de Roterdão”. Já a AAMC, associação de armadores, não tem uma opinião formada, por haver as duas tendências no seio dos seus associados: os que aprovam, e os que contestam.
Não foi possível, em tempo útil, colher o sentido de intervenção de Portugal, enquanto Estado.

Entrada em vigor das Regras de Roterdão um ano depois de ratificadas por 20 Estados.

A convenção está hoje aberta para a assinatura por todos os Estados em Roterdão, e depois disso nas Nações Unidas, em Nova Iorque. Um estado que ratifique, aceite, aprove ou aceda a esta convenção, renuncia às anteriores disposições, a partir do momento em que esta convenção entre em vigor. Nenhuma reserva é permitida a esta convenção.
A entrada em vigor das Regras de Roterdão a nível internacional terá lugar um ano depois de terem sido ratificadas por 20 Estados com relevância no transporte marítimo.

SEMINÁRIO "HYPERCLUSTER DO MAR-QUE FUTURO" AMNHÃ EM CASCAIS



A Câmara Municipal de Cascais organiza amanhã, dia 24, o seminário "Hypercluster do Mar - Que Futuro?", no Centro de Congressos do Estoril.Durante o seminário será dado a conhecer o estudo sobre o Hypercluster da Economia do Mar, encomendado pela Associação Comercial de Lisboa - Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e elaborado em conjunto com a SaeR - Sociedade de Avaliação de Empresas de Risco, sob a orientação do Prof. Dr. Ernâni Lopes. Trata-se do primeiro estudo sobre a economia do mar em Portugal, num cenário a médio prazo, tendo como objectivo identificar o potencial estratégico da economia do mar e indicar acções concretas para o desenvolvimento da economia das empresas e o seu impacto no PIB. O "Hypercluster do Mar" tem como principal objectivo definir acções concretas, exequíveis, prontas a aplicar, a nível nacional, de modo a que as teorias avançadas no estudo possam ser levadas à prática.Saiba mais em:

GREVE DAS ALFÂNDEGAS: APENAS SAEM MERCADORIAS COMUNITÁRIAS


Os trabalhadores das alfândegas (DGAEIC) têm marcada uma greve de três dias a cumprir a 23, 24 e 25, isto é, desde hoje, quarta-feira, até sexta-feira. Esta greve deverá ter uma adesão próxima dos 100%, afirmou à Lusa o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, Paulo Taborda. A greve surge como protesto contra a proposta do Governo de regulamentação das carreiras, e poderá afectar "toda a importação e exportação de matérias-primas, controlo de bagagens e de mercadorias". Entre as reivindicações dos oficiais de alfândega, encontra-se a exigência do "vínculo público, a integração do suplemento aduaneiro no vencimento base, e a criação de uma carreira especial para os trabalhadores aduaneiros".Os serviços mais afectados pela greve, segundo Paulo Taborda, serão os terminais de mercadorias, como as gares marítimas, onde as importações e exportações de mercadorias são sujeitas a medidas de controlo, e os aeroportos, onde se esperam também alguns constrangimentos no controle de mercadorias.Serão cumpridos serviços mínimos com funcionamento permanente de controlo e inspecção de mercadorias perecíveis, medicamentos e animais vivos.

GRIMALDI COM NOVO NAVIO PARA A LINHA DE ÁFRICA OCIDENTAL



O armador italiano Grimaldi acrescentou um quinto navio ro-ro ao seu serviço expresso entre o Norte da Europa e da África Ocidental. Trata-se do "Grande Benin" que iniciou no passado dia 10, em Hamburgo, a viagem inaugural. Dispondo de uma linha de carga de 2500 metros de comprimento, o navio pode transportar uma carga mista de 2 000 veículos e 800 contentores normalizados (TEU). A rampa de carga aceita todo o tipo de mercadorias convencionais e "project cargo" até um peso individual de 250 toneladas. Depois de Hamburgo, o "Grande Benin" escalou Antuérpia (Bélgica) e Le Havre (França) antes de seguir pata o continente africano, onde escalará Dacar, Lomé, Cotonou, Luanda e Douala.
O Grupo Grimaldi foi votado como o melhor grupo de companhias ro-ro (Grimaldi Lines, Minoan Lines e Finnlines) a operar na Europa e no Mediterrâneo. Entre os especialistas que lhe outorgaram o prémio inclui-se o secretário-geral da Organização Marítima Internacional (OMI), Efthimios Mitropoulos. Em 2008, o grupo investiu mais de 300 milhões na construção dos dois maiores ferries a operar no Mediterrâneo, os navios irmãos "Cruise Roma" e "Cruise Barcelona".
Foto: Vesseltracker.

MAERSK ANUNCIA INVESTIMENTO EM TERMINAL DE SEGUNDA LINHA EM LUANDA


A companhia de navegação Maersk Angola está a realizar neste mercado investimentos na ordem dos 95 milhões de dólares na construção de um terminal de segunda linha com objectivo de potenciar a área das infra-estruturas portuárias. Em declarações ao semanário angolano "O País", o director comercial da Maersk Angola, Bruno Silva, afirmou que o investimento no terminal de segunda linha será realizado de forma faseada, e responde às preocupações das autoridades angolanas com vista à modernização dos terminais no país, na perspectiva da melhoria crescente da actividade portuária. Questionado sobre a situação de congestionamento que normalmente ocorre no mês de Dezembro, Bruno Silva não antevê desafios nem grandes problemas neste período. "Penso que não podemos calcular as coisas a 100 por cento. Neste momento há capacidade suficiente para lidar com todas as cargas até ao fim do ano". "Pouco a pouco, a situação de infra-estrutura vai melhorando. E em função disso, a capacidade de manuseio dos contentores é sempre melhor", frisou.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O CANADÁ NÃO SUBSCREVERÁ AS "REGRAS DE ROTERDÃO"


O Canadá não subscreverá o Convénio das Nações Unidas sobre contratos para o transporte marítimo internacional de mercadorias, abreviadamente designado "Regras de Roterdão", anunciaram os responsáveis de transporte deste país do continente americano.
Como aqui na Cargo News já foi referido, está aprazada para o próximo dia 23 de Setembro a assinatura das "Regras" por um grande número de países durante um acto protocolar que terá lugar na cidade holandesa que empresta o nome ao acordo. Mas a polémica já está instalada, com organizações relacionadas com o transporte e de forte poder de lobying, como a International Road Union (IRU), a apelar à rejeição das "Regras", Segundo esta federação de associações nacionais, as "Regras de Roterdão" colidem com a legislação relativa a aplicação harmonizada das leis que regem a indústria do transporte rodoviário, nomeadamente as relativas aos contratos nacionais e internacionais de transporte. As "Regras de Roterdão" têm como principal propósito regular a responsabilidade do transportador no contrato de transporte de mercadorias.

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