segunda-feira, 14 de setembro de 2009

IMO - NOTICIAS


O reconhecimento, ainda que "tardio", dos estragos causados ao planeta pelo "aumento das concentrações de gases com efeito de estufa e a consequente subida das temperaturas em todo o mundo", é o tema da mensagem de Efthimios E. Mitropoulos, secretário-geral da Organização Marítima Internacional (IMO) sobre o Dia Mundial do Mar 2009.Aqueles agentes poluidores estão a alterar e a afectar, a vários níveis, a complexa rede de sistemas que permitem o florescimento da vida na Terra: a nebulosidade, a precipitação, os ventos predominantes, os níveis do mar e as correntes oceânicas, assim como a distribuição das espécies vegetais e animais", continua Mitropoulos, para recordar que "a humanidade enfrenta um dilema, porque, quer queiramos quer não, o nosso modo de vida colectivo tornou-se insustentável e precisamos de fazer algo a esse respeito, e depressa. As opções que temos tomado sobre os nossos estilos de vida têm vindo a degradar lentamente o próprio sistema de apoio que nos permite viver e respirar. Esta situação não pode, nem deve, continuar. Temos que tomar algumas decisões difíceis, temos que tomá-las agora e temos que actuar em uníssono, com um compromisso íntegro e total. Perante factos indiscutíveis, temos de considerar as nossas prioridades e aceitar que temos que fazer alguns sacrifícios. Temos que começar a colocar a "vida" à frente do "estilo de vida". Como resultado das emissões, passadas e presentes, daquilo que agora conhecemos como "gases com efeito de estufa", as alterações climáticas parecem inevitáveis. O clima não responde imediatamente a influências externas mas, após 150 anos de industrialização, o aquecimento global está agora com toda a sua força e continuará a afectar os sistemas naturais do planeta durante centenas de anos, mesmo que os gases com efeito de estufa sofram uma imediata redução e os seus níveis de concentração na atmosfera parem de aumentar".
Travar alterações climáticas é como parar um petroleiro gigante
"Para fazer uma analogia ao mundo marítimo", continua o secretário-geral da IMO, "as alterações climáticas são como um navio petroleiro gigante e, para pará-lo, ou mesmo para alterar a sua rota, seria necessário, não só, uma enorme força, mas também um tempo e distância consideráveis, mesmo que seja apenas necessário pressionar ligeiramente o botão certo no painel de comandos ou no piloto automático para iniciar a manobra de paragem ou mudança de rota. Nesta analogia, o navio petroleiro seria o mundo que funciona como de costume, a enorme força seria a comunidade mundial que obriga os seus dirigentes a actuar, e a pressão no botão certo seriam os Ministros e os chefes de Estado que actuariam decisivamente e em uníssono na reunião de Copenhaga, em Dezembro deste ano, para acordar num novo tratado de luta contra as alterações climáticas que suceda ao Protocolo de Quioto".O Dia Mundial do Mar tem lugar de 22 a 25 de Setembro, com diversas iniciativas de norte a sul do País. Para mais informações consulte
http://www.imarpor.pt/dmm.htm.

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