segunda-feira, 12 de julho de 2010

PORTO DE SINES


Foi um encerramento com chave de ouro – cerca de 40 congressistas da conferência do International Association of Maritime Economists (IAME 2010) que na semana passada decorreu em Lisboa, não quiseram perder a ocasião para conhecer “in loco” o porto de Sines.
Duarte Lynce de Faria, o administrador da equipa de Lídia Sequeira escalado para anfitrião da cosmopolita embaixada, não se fez rogado: durante cerca de uma hora, após o visionamento do novo filme institucional do porto de Sines, foi submetido a um intenso interrogatório. Para o qual, aliás, já estava avisado, tendo em conta a especificidade dos interlocutores.
A sessão de perguntas e respostas teve um pequeno pormenor que, obviamente, sempre agrada a profissionais do métier, como é o caso de Lynce de Faria: as questões eram colocadas por especialistas que, além de manifestamente interessados – ou não teriam prescindido da folga de um sábado solarengo - queriam saber tudo sobre o maior porto português, desde o número de terminais e respectivo movimento, até ao tipo de fábricas cuja cadeia de abastecimento tira partido das fantásticas condições naturais deste porto, passando pelas acessibilidades terrestres.
No final, foi visivelmente a custo – com a promessa de continuar no autocarro e durante o almoço – que o cerrado interrogatório foi interrompido, uma decisão ditada pelo arrastar dos ponteiros do relógio. Mas ainda houve tempo para o esclarecimento de uma última dúvida – a da ligação ferroviária entre a península e o resto do continente europeu, que hoje nos confronta com bitolas incompatíveis, e o anacronismo das diferenças, entre Portugal e Espanha, do tipo de corrente elétrica das locomotivas.
As máquinas fotográficas dos congressistas não tiveram descanso durante a visita ao porto, guiados pela experiente directora de comunicação Ana Rita Rosa. Já no final da jornada, depois de um repasto (de peixe, como era obrigatório) de cortesia da PSA Sines, aqui representada pelo administrador Jorge d’Almeida, e saciadas as restantes dúvidas (performance das gruas, número médio de contentores movimentados em cada escala, características da concessão do Terminal XXI, quantidade de serviços que o escalam, entre outras), os congressistas mais expansivos “renderam-se” à excelência do porto, tanto pela capacidade de crescimento (do lado do mar, mas também e principalmente, do lado de terra), como à forma exemplar como se insere na paisagem pelo cuidado posto no arranjo dos espaços envolventes, a fazer inveja, disseram, ao que de melhor pode ser feito neste particular.
Vasco da Gama teria gostado de ouvir os elogios ao porto da terra onde nasceu, tanto mais que esta embaixada era maioritariamente oriunda das paragens cujo caminho marítimo ele primeiro desbravou, a partir da Europa, ao cair do pano do século XV.
Fonte: Cargo News

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