sexta-feira, 26 de novembro de 2010

APDL - ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DOURO E LEIXÕES

O porto de Leixões vai baixar o preço cobrada às mercadorias exportadas, a partir de 2011. A APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões decidiu reduzir todas as taxas para embarque 4% em média, mantendo os atuais valores nas operações de desembarque.

A medida, diz em comunicado a APDL "pretende contrariar os efeitos da crise económica e reforçar a competitividade do porto de Leixões e das empresas exportadoras a operar em Portugal". As taxas de carga e descarga "não vão sofrer o aumento da inflação, sofrendo antes uma descida de preço em muitas das categorias", refere a APDL. No caso dos granéis agro-alimentares, a descida das taxas de carga e descarga chega mesmo aos 50%. Em contrapartida, a permanência de carga no porto ficará mais cara. O transportador marítimo pagará mais taxas ao porto.

Com esta alteração do seu regulamento de tarifas, Leixões "pretende aumentar a sua competitividade no segmento de granéis agro-alimentares ao passar ao agente que toma a decisão sobre a cadeia logística o maior benefício desta alteração de custos".

Leixões: Dock & Roll

APDL - ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DOURO E LEIXÕES



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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SHORT SEA SHIPPING

SSS movimenta 60% da Carga Marítima NA EUROPA
Como Cargas movimentadas sem transporte marítimo de curta europeu totalizaram 1,9 mil Milhões de toneladas, ou 60% do total do Tráfego Marítimo dos 27. Os numeros do São Eurostat e reportam a 2008. Em Portugal, o SSS e also maioritário, com 35,2 Milhões de toneladas.

Reflexo da Crise JÁ, EM 2008 o Movimento de Mercadorias faz marítimo de curta distância nsa Portos Nacionais cedeu 3,7%. Mais do Que Média EUROPEIA NA. Entre e 2003 2008, O Crescimento da Actividade anual Médio não FOI País de 1,7%, dos Abaixo da Média 27.

Os granéis Líquidos agregado representaram o principal não SSS com, Nacional 16 Milhões de toneladas movimentadas. Um atingiu Carga contentorizada OS 8,2 Milhões, AO Passo Que OS granéis Sólidos representaram 7,8 Milhões de toneladas. A Carga ro-ro significou apenas 300 mil toneladas.

O Movimento de Contentores de in SSS atingiu in Portugal 2008 OS TEU mil 958, o hum representou Que Crescimento homólogo de 10,1% e puxou uma mídia de Crescimento dos Ultimos Cinco Anos OS parágrafo de 7,6%. Porém, uma subida Maior, termos percentuais em, registou-se nd vazios Movimentação de Contentores: Foram 232 mil TEU in 2008, Mais Que 23,7% não Ano anterior.
O Atlântico, com 14 Milhões de toneladas movimentadas, FOI um principal área de Relação de tráfegos marítimo de curta distância do Nacional. O Mediterrâneo, Por Seu turno, representou dez Milhões de toneladas. Com o Mar do Norte trocados FORAM Oito Milhões. O Baltico, com 1,8 Milhões de toneladas, eo Mar Negro, com 1,4 Milhões completam o Quadro.

À EUROPEIA Escala, in movimentou o 2008 SSS de 1,9 mil Milhões de toneladas, um Menos 0,2% Que nenhuma Ano anterior. Sem Surpresa, a Grã-Bretanha com o LDI Maior Mercado, 348 Milhões de toneladas movimentadas, seguido de Itália (334 Milhões), Holanda (251 Milhões), França (222) e Espanha (193). Numeros Muito also Que dez COM ver como Características geográficas dos respectivos paises.

Os granéis Líquidos representaram 48% das Cargas movimentadas de SSS n º s 27.

Roterdão manteve uma primazia Entre OS Portos Europeus de SSS, com 177,3 Milhões de toneladas, seguido de Antuérpia, Marselha, Hamburgo e Le Havre. nn Mas liderou Riga Sólidos granéis, nsa Antuérpia Contentores e Dover nd Carga ro-ro.
Fonte: Transportes & Negócios

terça-feira, 23 de novembro de 2010

NAVIO DE CARGA MOVIDO A ENERGIA EÓLICA



Uma vez mais o « E-Ship 1» está novamente em Leixões
Atraíndo a curiosidade de muitos transeuntes, pelo aspecto original do cargueiro, com quatro grandes tubos verticais nas extremidades.

As quatro torres cilíndricas de 27 metros de altura por quatro metros de diâmetro que emergem do convés são «rotores eólicos capazes de recolher a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio, sem interferir com as operações de carga e descarga, ao contrário dos mastros e velas», explicou a fonte.

Os rotores permitem reduzir as emissões de dióxido de carbono e de consumo de combustível fóssil «em cerca de 30 a 40 por cento do que habitualmente registam os navios de igual porte».

O «E-Ship 1» efectua o transporte de essencialmente equipamento eólico da sua proprietária, Enercon GmbH, «o terceiro maior fabricante de turbinas eólicas a nível mundial».

Leixões: Dock & Roll

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Short Sea Shipping



A Comissão Europeia tem uma política ativa para promover o Short Sea Shipping. Esta forma de modo de transporte é extremamente eficiente em termos de desempenho ambiental e eficiência energética.
A Comissão Europeia tem vindo a focar com especial ênfase a sustentabilidade de um sistema de transportes que permita o cabal aproveitamento das inúmeras oportunidades de transporte intra-europeu efetuado por mar, tanto mais que a esmagadora maioria dos seus membros a ele tem acesso franco. Recentemente, divulgou um vídeo onde reafirma que este tipo de transporte "tem o potencial para resolver problemas de congestionamento rodoviário que afeta muitas partes do continente europeu. Todos os estudos apontam para a necessidade de incentivar o transporte marítimo de curta para alcançar o objetivo da política europeia de transportes sustentáveis".
Fonte: cargo News

FOTO DO DIA



M/V "SAGA PEARL II"
em Leixões 22-11-2010
(Clique nas imagens para Aumentar)

Leixões: Dock & Roll

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Porto de Leixoes recebeu mais 22 405 turistas ate Outubro


Clique no título

FOTO DO DIA


‘Tenacious’
Is the largest wooden hulled Tall Ship in the world. Tenacious was specifically designed and built as a sail training vessel for physically disabled people to be able to work independently alongside able-bodied crew. She is operated by the Jubilee Sailing Trust. Tenacious was constructed between 1996 and 2000.
Arrived from Breda with destination: Las Palmas (Gran Canaria)

Leixões: Doc &  Roll

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

FOTO DO DIA


M/V "BOUDICCA" em Leixões: 15-11-2010

Leixões: Dock & Roll
Clique nas imagens para Aumentar.

PORTO DE LEIXÕES

O porto de Leixões registou no último mês de outubro o maior volume de sempre de mercadorias para exportação. Só no negócio de contentores, Leixões registou no mês passado um total de 455.661 toneladas de carga movimentada, um aumento de 11,38% em relação ao período homólogo de 2009.
Um número sustentado essencialmente no aumento de movimentos de contentores cheios (carga destinada a exportação), categoria onde o porto de Leixões registou um crescimento de 9,38% sobre o período homólogo de 2009.
Mas foi nos granéis agro-alimentares (essencialmente compostos por trigo, milho, soja e outros cereais) que se registou o maior aumento percentual de carga movimento num único mês. As 115.401 toneladas transaccionadas em Outubro significam um novo volume máximo para aquele tipo de carga e um aumento de 55,63% relativamente ao mesmo mês do ano transacto.
No total de todas as mercadorias movimentadas no porto de Leixões, registou-se no mês de outubro um aumento de 2% nas cargas destinadas a exportação.
Fonte: Cargo News

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

V SEMINÁRIO DAS PLATAFORMAS LOGISTICAS IBÉRICAS

A quinta edição do Seminário das Plataformas Logísticas Ibéricas, organizada pela APSS, decorreu terça-feira, em Setúbal e contou com 250 participantes.
Durante a sessão de abertura, Carlos Gouveia Lopes, presidente da APSS, começou por salientar o crescimento do porto de Setúbal durante o último ano, comparativamente com os resultados de 2009 e 2008. “Estamos 20% acima do movimento de 2009 e 13% acima do de 2008”, referiu, adiantando que é previsível que este ano se chegue a um total próximo do record deste porto. Segundo o dirigente, “o porto de Setúbal é líder nacional no mercado ro-ro”, sendo intenção presente oferecer “mais e melhores soluções para os clientes”, tendo em vista o crescimento sustentado.
Presente no evento, Carlos Correia da Fonseca, secretário de Estado dos Transportes, referiu que é expectável que o transporte marítimo venha a duplicar os movimentos até 2030. De acordo com Correia da Fonseca hoje “90% do comércio externo europeu e 40% do interno é feito por via marítima”. O secretário de Estado salientou ainda que actualmente, com o comércio europeu a ser feito sobretudo através dos portos do Norte da Europa, as administrações portuárias enfrentam “um desafio muito grande na captura de tráfegos, visto que a concorrência é enorme”. Apesar de considerar que os portos em Portugal estão em contra ciclo, “se as cadeias logísticas não funcionarem bem e não estiverem bem oleadas, os portos não conseguem atingir os seus objectivos”. Correia da Fonseca salientou ainda que Portugal “tem tradição de transporte modal e não é aqui que está a solução dos nossos problemas”. O responsável apelou ainda ao desenvolvimento das Auto-Estradas do Mar e sublinhou a importância do Projecto Prioritário nº3 para o desenvolvimento das relações comerciais da Península Ibérica com o resto da Europa.
Durante o evento foi ainda assinado um protocolo com o porto italiano de La Spezia, tendo em vista a colaboração, a melhoria das relações comerciais e o intercâmbio técnico e científico entre os dois portos. La Spezia movimenta hoje mais de 19 milhões de toneladas de mercadorias e um milhão de TEU por ano. Esta parceria entre os dois portos pretende oferecer mais uma opção aos carregadores nacionais que desejam colocar as suas cargas no Mediterrâneo e também em África.
Fonte: Login News

terça-feira, 9 de novembro de 2010

APSS

A APSS (Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA) irá manter, em 2011, a generalidade das taxas em vigor durante o presente ano. Esta medida enquadra-se na política de incremento da competitividade no porto de Setúbal que tem vindo a ser adotada nos últimos anos pela administração, transferindo para os clientes o resultado da redução de custos.
Além da manutenção do tarifário, este comportará mais incentivos, tais como, o alargamento dos períodos de armazenagem no Terminal Roll-on Roll-off e o já noticiado desconto na Taxa de Uso do Porto (TUP) de veículos elétricos, quer na importação quer na exportação, o que representa um novo benefício para os clientes do porto.
Fonte: Cargo News

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

OPINIÃO


Com.te Joaquim Ferreira da Silva
Quando, ao longo dos últimos anos, temos vindo a apontar o MAR, como um renovado destino para Portugal, estávamos longe de imaginar termos chegado ao ponto irrisório e preocupante de termos que encontrar nos portugueses um novo espírito da época das caravelas.
No período de crise que Portugal está, indubitavelmente, a atravessar, o País não tem outra solução para a mesma se não a da resolver prioritariamente o seu problema de Finanças Públicas.
Para isso terão todos os responsáveis políticos que apontar para o futuro de Portugal quais as bases das acções de solidariedade que julguem poder constituir um forte elo que nos arranque da letargia e pobreza endémicas em que nos encontramos, em especial nos sectores da justiça, da educação e da saúde, e nos levem a melhores destinos de condição de vida e bem estar social nessas áreas.
Mas poderão as ilustres figuras da nossa intelectualidade, que apontam para o MAR como uma dessas acções prioritárias, estar convencidas que os responsáveis políticos irão levar à prática medidas de desenvolvimento das políticas marítimas para o futuro de Portugal?
Tem ultimamente surgido excelentes artigos, na nossa imprensa, clamando que o País tem de sair da caída da pobreza europeia, mas neles não se apontam soluções claras e concretas para obter o dinheiro necessário para os investimentos que tal pressuposto implicitamente obriga. E esse é o grande cerne da questão politica nacional.
Não sei como um Ministro da Educação poderá colocar os portugueses a par do nível dos seus concidadãos europeus se, quando orçamentar o seu Ministério precisar de 1000, o Ministro das Finanças apenas lhe possa dar apenas 500. Não sei como um Ministro da Justiça poderá colocar a justiça ao nível da dos Estados mais dignificantes na matéria se, quando orçamentar o seu Ministério e precisar de 1000, o Ministro das Finanças lhe dá 500 Não sei como o Ministro da Saúde ao orçamentar o seu Ministério, de modo a que o sector liberte os portugueses das angustiantes esperas para alcançarem um tratamento desejado, verificar que precisa de 1000 e o Ministro da Finanças lhe der apenas 500. E assim sucessivamente.
Sejamos mais simples e pragmáticos; sempre que o dinheiro acabou nos Ministérios o País entrou em crise. E esta só se resolve com angariação do dinheiro em falta.
Foi assim desde os primórdios da independência de Portugal quando D. Afonso Henriques, ao empreender a reconquista cristã, teve de recolher os dinheiros necessários para obter o apoio das frotas dos Cruzados. (Estes não parariam em Portugal se não lhe tivessem sido pagos. O saque prometido de Lisboa era apenas um saco de ninharias.)
Foi assim quando D. Fernando I que, ao encontrar-se com os cofres vazios delapidados por D. Pedro I, teve de empreender o desenvolvimento do comércio marítimo com a Europa.
Foi assim quando D. João I que, após longas cruzadas com Castela, para solidificar a independência e desfalcado de todas as riquezas, se viu na necessidade de iniciar a saga atlântica com a conquista de Ceuta em 1415.
Foi assim com D. Pedro IV que, depois de derrotar os miguelistas, reconstruiu o governo liberal e, para evitar a sua falência, associou-se às actividades mercantis dos ingleses na sua grande expansão colonialista.
Foi assim que face à grande crise financeira mundial causada pela guerra de 1939/45 se empreendeu a renovação da frota portuguesa por via do Despacho 100.
E terá que ser hoje assim e sempre: angariar fundos para investir e criar riqueza aos portugueses.
Qualquer leigo em economia sabe que se os portugueses continuarem a comprar todos os dias ao estrangeiro mercadorias no valor de 1000 e a venderem-lhe mercadorias no valor de 500, sem outros meios que lhe tapem o diferencial, brevemente estarão falidos ou com tudo hipotecado e escravizado aos credores.
(Se já não o estamos)
Se estivermos errados agradecemos aos economistas nos expliquem onde está o erro.
E é aqui que pensamos que Portugal só tem um futuro de sobrevivência, como Nação independente, se lançar as bases urgentes (já hoje) para acções que criem o capital necessário para investir em actividades que minimizem a pobreza e reduzam as desigualdades sociais do País. Tais como:
- Desenvolver os portos capacitando-os para receber os modernos e grandes navios porta contentores de modo a possibilitar-lhes operações rápidas na movimentação das cargas e descargas, e possuidores de vias de acesso com interligação rápida ao interior de Península, orientadas para o norte da Europa, com especial relevância para Sines e Lisboa (aqui a realização do Terminal da Golada, que tal como se fez em Sines à PSA se pode consignar aos Chineses – O seu Presidente está breve aí) – MAIS COMPETITIVOS.
- Reorganizar e modernizar os estaleiros navais de modo a tornar a construção naval num mais potencial exportador, em moldes similares à da indústria automóvel – MAIS EXPORTAÇÕES.
Valorizar e qualificar o sector turístico em todas as actividades afins com o Mar – Banhos, Recreio Náutico, Desportos, etc. – com especial relevo na modernização e maior eficácia dos meios de salvação. – MAIS QUALIDADE E SEGURANÇA.
- Reorganizar toda a actividade pesqueira acrescentando qualidade e diversificação aos seus produtos. – MAIS VALORIZAÇÃO DAS CAPTURAS E REDUÇÃO DA IMPORTAÇÃO.
- Planificar todo o ordenamento costeiro permitindo um desenvolvimento urbanístico sustentável, em molde de atracção de investimento de elevado custo e rentabilidade. – MAIS QUALIDADE AMBIENTAL.
- Estabelecer condições para atrair ao território nacional Organizações Internacionais vocacionadas com os assuntos marítimos, em especial nos transportes e nas ciências. - MAIS PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO MARINHO.
- Reforçar os meios navais de fiscalização da navegação que cruza as águas portuguesas com vista à protecção e prevenção do meio marinho face à possivel potencialidade de previsível poluição proveniente quer dos navios quer das actividades off-shore. – MAIS PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA SOBRE AS ESTRUTURAS NO MAR.

São estas algumas das acções relacionadas com o Mar que poderão trazer as condições para se reduzir a nossa pobreza; postos de trabalho de elevado nível, obras de grandes investimentos de alta rentabilidade, interesse dos investidores estrangeiros, subida do nível de vida e finalmente maiores contributos fiscais.
Foi assim que os suíços, há cem anos, face a um país de pobres lenhadores e camponeses, onde dificilmente encontravam um palmo de terra em condições para semear, e sem um metro de costa, partiram para o desenvolvimento de indústrias produtoras de artefactos ricos – joalharia, medicamentos, chocolates, calçados, cosméticos e até motores marítimos - tendo instituído com audácia e cepticismo um Ministério da Marinha que os levou a criar grandes frotas de navios, primeiro nos seus lagos, e mais tarde em todos os oceanos do mundo, e com elas a fazer contributo basto que os ajudou a tornarem-se num dos mais ricos países do mundo.
Se os portugueses são ainda, nos dias de hoje, conhecidos e respeitados em todo o mundo tal se deve aos seus empreendimentos marítimos.
Continuar de costas viradas ao Mar – a viajar só para Bruxelas e Estrasburgo – é um suicídio certo para todos nós.
Não há que ter vergonha ou receio de nos orgulharmos dos feitos marítimos da nossa história. Olhando o passado entende-se o presente e projecta-se o futuro.
Continuar a marginar este nosso Continente como um quadrado periférico da Europa sem valor, representa a reacção.
Lançarmo-nos em nova saga do Mar representa o progresso.
TEMOS QUATRO ANOS PARA O FAZER. VAMOS FAZÊ-LO!
Fonte: Cargo News

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

OPINIÃO

A partir de 1956 Portugal desenvolveu uma indústria de Equipamentos de Elevação de alta qualidade que se revelou competitiva a nível mundial. Mais de 800 máquinas, guindastes, pórticos gigantes e pórticos de contentores e pontes rolantes de Central, concebidos e produzidos em Portugal, equipam Portos, Estaleiros Navais e Centrais Elétricas em vinte e dois países, da Suécia aos Estados Unidos e da Rússia ao Bahrein.
Uma das áreas de maior expansão deste tipo de indústria verificada nos últimos vinte anos respeita à movimentação de contentores, com navios cada vez maiores. Para a descarga e carga dos contentores utilizam-se pórticos de contentores de grandes dimensões que têm a designação internacional de STS (Ship-to-shore) cranes e para o parqueamento de contentores nos terminais portuários utilizam-se pórticos de parque sobre carris, RMC (Rail mounted Cranes) ou sobre pneus, RTG (Rubber Tyred Cranes).
Os pórticos de contentores foram inventados no início dos anos 60 e a indústria portuguesa de Equipamentos de Elevação pesados começou, logo em 1969, a produzir máquinas deste tipo, com conceção própria, que equipam terminais portuários em Lisboa, Leixões, Setúbal, Antuérpia (Bélgica), St. Nazaire (França), Sète (França) e Saab (Suécia). Até hoje produziram-se em Portugal 17 pórticos de cais STS, e 19 pórticos de parque. Deste total de 36 máquinas, 26 foram produzidos pela empresa pioneira e 10 pela empresa que no nosso país continua este tipo de atividade. Portugal continua a produzir com sucesso para o mercado interno e para a exportação. É de notar que cada máquina produzida em Portugal para o mercado interno substitui uma importação. Um pórtico STS vale mais de 6’000’000 euros e um pórtico de parque mais de 2’000’000 euros.
As máquinas de produção nacional estão a ser fabricadas em grandes unidades fabris do Grande Porto e são totalmente concebidas e projetadas no país. Todos os fabricos de componentes mecânicos são produzidos em fábricas próprias do atual fornecedor deste tipo de equipamentos.
Uma das componentes fundamentais responsáveis pelo desempenho e rendimento deste tipo de máquinas respeita ao equipamento elétrico de controlo e comando e de automatismos dos diversos mecanismos de acionamento das máquinas. A empresa portuguesa que desenvolve e fornece pórticos de contentores trabalha em conjunto com a delegação em Portugal de um dos maiores grupos mundiais neste campo. A colaboração entre as duas empresas tem possibilitado a independência tecnológica de ambas permitindo que todo o trabalho de engenharia, estrutural, mecânico e elétrico e de automatismos seja desenvolvido em Portugal, por técnicos portugueses, com total independência do exterior.
As máquinas de origem portuguesa mais modernas têm demonstrado taxas de produtividade elevadíssimas, de acordo com os padrões internacionais, para isso contribuindo as altíssimas taxas de disponibilidade dos equipamentos e o facto de operarem muitas das vezes em twin-lift (dois contentores movimentados por ciclo de carga/descarga).
Até 2014 o Canal do Panamá constitui uma das grandes restrições ao tráfego mundial de contentores visto que limita a 32.25 m de boca (13 fieiras de contentores) os navios que o podem atravessar. Com o alargamento previsto para entrar ao serviço do Novo Canal do Panamá, os limites passarão a permitir a passagem a navios até 45 m de boca (18 fieiras de contentores) com capacidades por navio até 6800 contentores. Entretanto já começam a operar navios para 22 fieiras de contentores, que servem rotas não dependentes do Canal do Panamá. Antecipando desde já estas novas gerações de navios, a indústria portuguesa de pórticos de contentores já está a produzir neste momento máquinas Post-Panamax e projeta já máquinas que permitem operar navios até 63m de boca (22 fieiras de contentores).
O mar tem sido e deverá continuar a ser um dos grandes vetores da especialização do nosso país e do seu desenvolvimento económico. Portos, construção naval, pesca, transportes marítimos, turismo são alguns dos setores que têm todas as potencialidades de desenvolvimento tirando partido da nossa posição geográfica aliada à enorme zona marítima exclusiva. Com base no desenvolvimento das atividades portuárias e de construção naval desenvolveu-se e mantém-se uma indústria portuguesa tecnologicamente autónoma de equipamentos de elevação cuja competitividade tem vindo a ser comprovada com as exportações alcançadas. Este ramo industrial está neste momento a reforçar-se com novos meios de projeto, fabricação e logísticos e com sistemas de garantia de qualidade de elevada exigência.
A expansão da atividade portuária no nosso país, sobretudo em Lisboa, Leixões, Sines e Setúbal, alavancará ainda mais a nossa capacidade de desenvolvimento aumentando o potencial de número de referências e de massa crítica, base para a sustentação da nossa capacidade exportadora.
Para o sucesso do nosso desenvolvimento nestas áreas é indispensável que todos tomemos consciência das enormes potencialidades que o país já possui - situação geográfica, capacidade tecnológica e capacidades de produção de elevada qualidade - e que não se criem resistências superficiais e ignorantes à livre expansão das indústrias que têm no mar a sua razão de ser.
Fonte: Cargo News

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ECASBA

Ecasba apoia iniciativa comunitária “e-maritime”

A Ecasba, comité europeu da Fonasba presidido pelo português António Belmar da Costa, decidiu criar um grupo de trabalho para acompanhar a iniciativa comunitária “e-maritime”.

Os agentes de navegação pretendem acompanhar de perto a implementação do projecto e contribuir para a sua eficiência e eficácia, assumindo-se como actores principais num processo que assenta no uso de tecnologias de informação avançadas no sector do transporte marítimo.

A iniciativa “e-maritime” foi lançada no ano passado pela Comissão Europeia, visando a simplificação e uniformização das normas de tramitação das cargas nos portos europeus e a desmaterialização dos processos. Nesse contexto, os agentes de navegação pretendem assumir-se como “janelas únicas portuárias”, combinando as tecnologias com o seu saber único de interlocutor privilegiado dos portos, dos armadores e dos carregadores ou seus representantes.

Na assembleia de Varna (Bulgária), onde António Belmar da Costa foi reeleito presidente da Ecasba (como o TRANSPORTES & NEGÓCIOS noticiou oportunamente), foi também aprovada uma nova estrutura de grupos de trabalho do comité europeu. Para além do grupo de trabalho da “e-maritime” exisitem doravante outros três: Alfândegas e Trânsitos, Educação e Formação e Short Sea Shipping e Ambiente.
Fonte: Transportes & Negócios

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